NADA É PARA SEMPRE!

Essa ideia de que tudo é para sempre, me parece incoerente de todos os pontos de vista, quando se trata de uma relação amorosa, de uma união entre homem e mulher! Seja perto, seja à distância amores vão e vem de uma forma contínua como vão e vem as estações do ano. O humor das pessoas oscila de uma forma inexplicável nos relacionamentos, agindo perigosamente na convivência delas. Dessa progressão e constância das oscilações do humor, do temperamento das pessoas, da forma incompreenssível de seus atos em função de suas rotinas diárias segundo elas, nasce um sentimento de intolerância entre elas. As pessoas passam a exigir mais de si mesmos e a dificultar tudo que possa resultar no bem comum para seus relacionamentos, talvez devido às frustrações diárias, aos ressentimentos, às mágoas guardadas ao longo do tempo, feridas não cicatrizadas no desenvolvimento dos seus relacionamentos.

Os amores vãos! os amores de folhetim! os amores boêmios! os amores sonhados, sofridos, buscados, aqueles das noites insones! os amores errantes que ficaram na capa dura e impermeável do tempo! os amores que não pude conquistar! A felicidade é a descoberta do desconhecido, é o regozijo da conquista, de todo o viço, de tudo que é novo! Ninguem ama o velho, o opaco, sem brilho, sem cor, sem viço, sem vida. Esse é o grande problema das relações humanas: não tem durabilidade, como o ferro, como o aço. Por isto nada é para sempre em se tratando de amor.


Edilberto Abrantes.

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