A Nossa Cultura descentralizada


A cultura brasileira de um modo geral está avançando a passos largos para alcançar um nível de destaque no cenário nacional com as mudanças ocorridas na mentalidade do cidadão brasileiro e a política de descentralização do governo federal, que desde o Ministro Gilberto Gil quando realizou a I Conferência Nacional de Cultura tem implementado mecanismos para o desenvolvimento e o fortalecimento de equipamentos culturais materiais e imateriais. Um exemplo disso é a Secretaria da Diversidade Cultural no seu trabalho de resgate às diversas expressões culturais existentes no país, fazendo o mapeamento da riqueza cultural de nosso país de forma ampla e ostensiva com programas de incentivo a essas expressões como os mestres brincantes, os mestres artesãos do couro e do barro, as tradições ciganas, quilombolas, sertanejas, as bandas cabaçais e os grupos de maracatú, etc e toda sua diversidade cultural.
O Ministério da Cultura tem desenvolvido esse trabalho, através de seus gestores culturais coordenados pelo Ministro da Cultura Juca Ferreira e uma grande equipe de profissionais que com uma sensibilidade fora do comum tem vislumbrado novos horizontes e oportunidades para a cultura no País.
Apesar de todos os avanços na esfera federal, a nível de estado e nos municípios essa realidade e essa sensibilidade com a cultura não chegou ainda. O que se vê são gestores culturais agindo de forma singular, exercendo cargos públicos na área da cultura com ações unilaterais em benefício próprio, completamente desafinado com o universo cultural que navega como náufrago num mar de calmaria. Para se ter uma ideia a Paraíba é o único estado do Brasil que não tem Secretaria de Cultura.
Como podemos esperar avançar com uma política cultural descentralizada quando nossos gestores culturais não saíram do be-a-bá? A esperança é a última que morre, ainda chegaremos lá.

Edilberto Abrantes.

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