A Morte Gratuita...


Abdias era um desses sujeitos problemáticos quando tomava uns goles a mais de cerveja, coisa que além de gostar muito, tirava-lhe o equilíbrio e o controle emocional tornando-se um bêbado problema e uma figura perigosa em seu estado de embriaguês. Abdias não era homem para levar desaforo pra casa. Qualquer desafeto seu, teria que suar sangue em qualquer enfrentamento que tivesse consigo. Não dava colher de chá para vagabundo tirar casquinha dele, não. Não dava moleza não. A família vivia em polvorosa toda vez que Abdias inventava de tomar sua cachaça! A mulher e seus parentes mais próximos não esperavam boa coisa quando ele saía de casa para beber.
A mulher dizia: - Beba não, meu filho!
Ele retrucava: - Eu sei beber, mulher.
Um dia Abdias estava em um bar da cidade quando em determinando momento esbarrou em um sujeito e como estava embriagado, deu um pulo e disse:
- Não encosta em mim. Encostou leva chumbo!
O sujeito que não o conhecia, não gostou de ser empurrado por Abdias e disse que se ele estava querendo briga ia ter. Se dirigiu até um carro estacionado em frente ao bar para pegar uma arma, segundo disse a Abdias. Esperasse por ele para brigarem a noite toda!
- Vai morrer de graça! Disse Abdias a alguns presentes no bar.
Outras pessoas se acercaram de seu desafeto que era forasteiro no lugar e o tiraram dali, dizendo que não se envolvesse com aquele sujeito o Abdias porque não faria mal a ele, a ninguem, a não ser a si mesmo. O sujeito ouviu e se afastou dali, guardando a sua arma.
Familiares de Abdias ao tomarem conhecimento de seu entrevero com o forasteiro, imediatamente o retiraram dali. Abdias não portava um canivete. Não levava consigo arma nenhuma, embora tivesse desafiado alguem que não conhecia. Ia morrer de graça!

Edilberto Abrantes.

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