Arrocho à vista no MinC


Correio Braziliense - DF, por Nahima Maciel, em 04/03/2011
Sem dinheiro, instituições ligadas ao ministério começam a refazer as contas para este ano. Pontos de Cultura correm risco de ficar sem verba
Parcerias e seleção de prioridades são as estratégias da Fundação Nacional de Arte (Funarte) e Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) para driblar a redução dos recursos destinados ao Ministério da Cultura (MINC) em 2011. O corte de R$ 50 bilhões no Orçamento federal anunciado pela presidente Dilma Rousseff também vai afetar a Cultura e as instituições se preparam para lidar com um cofre esvaziado. A redução do orçamento do MinC não é a maior da Esplanada dos Ministérios – Turismo e Justiça chegam, respectivamente, a 84% e 64% – mas alcança a 39%. Antes do contingenciamento, a previsão era de um orçamento de R$ 2,09 bilhões. Após o anúncio de Dilma, a expectativa é de que o MinC trabalhe apenas com R$ 1,5 bilhão.
Antonio Grassi, diretor da Funarte, ainda não sabe como o arrocho afetará a instituição, mas já estabeleceu prioridades para 2011. A Funarte tem restos a pagar contabilizados em R$ 19 milhões referentes a editais lançados em 2010. “Claro que, com os cortes, o MinC tem que avaliar quais são as áreas prioritárias. No caso da Funarte, o que estamos fazendo é elencar as prioridades das prioridades. Uma delas são os editais de ocupação dos espaços culturais. Estamos pensando num modelo de edital para isso”, avisa Grassi. “E vamos tentar honrar os compromissos, pagar o que a Funarte deve e priorizar os principais projetos de cada área. Temos um problema porque nossa área é finalística, não arrecada, só gasta.” Parcerias com a iniciativa privada, segundo Grassi, podem ser uma saída caso o orçamento seja reduzido ao ponto de inviabilizar o lançamento de novos editais e projetos da Funarte.
(A íntegra da matéria está na edição do Correio Braziliense do dia 04/03/2011)

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