ENSAIO CULTURAL

Tempos atrás quando perguntado o que achava sobre a música popular brasileira, Tom Jobim alfinetou que no Brasil não havia espaço para ela, por que a mídia estava mais preocupado não com a qualidade de nossa música, mas em ganhar dinheiro com a música estrangeira sem dar a mínima para a cultura.
Na época, segundo Tom Jobim se fazia uma música num inglês inaudível e cheio de incorreções, com a qual o maestro se dizia decepcionado e que aquele erro seria o retrato da alienação da cultura com gente compondo ruim e ainda cantando pior ainda. o maestro Jobim estava coberto de razão.
Hoje vivemos uma calmaria no mercado fonográfico, com gravadoras fechando as portas, produtoras falidas e sem rumo, convivendo com um dasastre cultural cria delas mesmo. investiram no descartável, na música de péssima qualidade, e agora vivem o fantasma do prejuízo, da pirataria, da desorganização no mercado da música. Ninguem sabe o que fazer. Como sair dessa crise? qual a solução? por que a mídia não investe em uma música de qualidade? por que a música eletrônica e os ritmos importados de outros países estão entrando com força no gosto popular? o que fazer?
Num país de dimensões continentais como o Brasil, não é difícil reverter um quadro como esse de amnésia cultural, basta que artistas de peso como Zé Ramalho, Alceu Valença, Roberto Carlos, Renato Teixeira, Elba Ramlaho, Vital Farias, Paulo Diniz, Fagner e tantos outros, voltem a ter espaço na mídia para divulgar o seu trabalho, e se esqueçam do besteirol aculturado que está aí, alienando e ridicularizando a nossa já tão combalida cultura musical.
Edilberto Abrantes

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