O FUTURO DOS EXCLUÍDOS!


Nossas crianças estão se tornando adultos prematuramente, e à margem da lei! São foras-da-lei nossas crianças desse mundo virtual que estamos construindo à nossa volta. As leis protecionistas que através do braço emperrado do estado brasileiro tentam dar um sentido lúdico e educacional a nossas crianças, tem feito justamente o contrário, criando um mundo de meninos e meninas sem educação, sem estrutura familiar, sem formação moral e religiosa, despreparado para enfrentar um mundo cada vez mais complicado e cheio de adversidades e problemas, que requer equilíbrio e maturidade frente à violência crescente na vida moderna, onde a banalidade das praticas criminosas se tornaram uma constante na sociedade, principalmente envolvendo crianças com o fantasma da pedofilia, do círculo vicioso das drogas e consequentemente com a falta de segurança enfrentada pelo cidadão.

Uma das coisas mais prazeirosas que guardo dentro de mim é o fato de ter começado cedo a minha jornada de trabalho; comecei a trabalhar com menos de 12 anos de idade e foi um aprendizado, ainda por cima ter o meu próprio dinheiro naquela época era a glória; dividia metade com a minha mãe que orgulhosa me abraçava e me felicitava dizendo que eu já era um homem, com menos de 12 anos! Pode se dizer isso das crianças de hoje? nem pensar. Se o cidadão empregar, contratar mesmo que a título de ensino uma criança com menos de 16 anos, está fomentando o trabalho ilegal, o trabalho escravo, condenável pela lei. Quando é que vamos crescer juntos com nossas crianças e reconhecer que o trabalho enobrece, engrandece o indivíduo?

As crianças estão sob os viadutos, nos chafarizes das praças, nos bosques das grande cidades, nos rios poluídos da vida, nas unidades de correção para menores infratores do governo, sem amor, sem estímulo, sem sentido, sem família, sem carinho, sem objetivo, vivendo como excluídos, que a sociedade não quer, rejeita, torce o nariz, baixa o olhar, renega a realidade cruel diante de si. As crianças estão cheirando cola, inalando gases entorpecentes, usando todo tipo de droga para fugir à fome e a ausência de um lar, uma família, uma mão protetora.

É preciso que a lei protecionista que impede o trabalho de menores, seja como a que regula o câmbio e o mercado de capitais, use a flexibilização como um referencial para que nossas crianças voltem a acreditar na sociedade e façam parte dela, não como os excluídos de hoje!

Edilberto Abrantes

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