O NOME DELE É VALDEMAR!



O nome dele é Valdemar. Valdemar do realejo, do reco-reco e do pífano! Valdemar da flauta, imitador de passarinho e de boa parte da fauna nordestina. Um artista completo das feiras e praças das cidades do sertão nordestino. Valdemar cosmopolita, tanto faz vê-lo em apresentações no nordeste como em eventos e feiras no sudeste do país, nas grandes feiras de São Paulo ou na feira de São Cristovão no Rio de Janeiro.


Desde criança que o conheço. Artista de porte franzino, magro, olhos miúdos parecendo um asiático, baixinho, vestindo traje simples, chamando a atenção pelo seu desempenho e versatilidade nas apresentações em praça pública. Toca flauta e reco-reco quase ao mesmo tempo numa sintonia assustadora. Perfeccionista ao extremo, conta piadas e dança e chora e toca, deixa o povo, seus espectadores feirantes e transeuntes maravilhados, perplexos com tamanha desenvoltura e preciosismo na execução de seus instrumentos: realejo, gaita de boca, flauta, pífano e reco-reco. Toca a música renascentista das bandas cabaçais, e os xotes e baiões de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro numa coreografia de rodopios e passos sicronizados em meio a gente à sua volta como um mágico que domina os olhares e as atenções em torno de si. Valdemar dos Passarinhos imita o canto de uma centena de pássaros de nossa fauna brasileira como um exímio conhecedor de bichos. Esteve em todos os canais de Televisão da Tv aberta do Brasil e fez o maior sucesso na telinha. Apresentou-se com a mesma singeleza e simplicidade com que tem feito suas apresentações nas feiras do sertão. Valdemar é Show por onde passa. Vê-lo imitando a fauna canora e tocando seus instrumentos é um colírio para os olhos de quem aprecia as manifestações populares e seus artistas. Valdemar por onde anda deixa saudade.


Edilberto Abrantes.



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