A MÉDIA E A MÍDIA



A mídia, esse meio de comunicação está a serviço de quem? Qual a sua função social? Qual o seu objetivo enquanto veículo de massa? Pode um meio de comunicação usar a sociedade contra este ou aquele cidadão para atingir seus propósitos?
A mídia eletrônica que compreende emissoras de rádio, televisão, cinema e audiovisual, é uma concessão do estado. Portanto, os meios de comunicação devem estar a serviço da sociedade, da coletividade, não de um indivíduo, de um grupo ou de quem quer que seja. Os serviços prestados por uma emissora de rádio ou televisão, devem ser direcionados para a cultura do povo, divulgando a cultura, os costumes, as tradições e o seu folclore, transmitindo assim educação e cidadania; enfocando tendências, comportamentos e dando ênfase na construção de valores morais, ingredientes imprescindíveis para o crescimento e o desenvolvimento de uma sociedade melhor, mais participativa e mais sabedora da sua importância no contexto social e político de um país. Coisa rara de se ver nos noticiosos tendenciosos e maldosos, que instigam constantemente a população contra as instituições, fomentando a discórdia e o desrespeito entre cidadãos.
Foi para isto, que tantos idealistas pereceram neste país, nos porões da ditadura, torturados, arrancados do seio de suas famílias? Morreram por uma geração de imbecis aculturados? Hoje a máxima desse sensacionalismo radiofônico e televisivo que se pratica cá nos trópicos é abrir espaço para que as pessoas reféns de maus profissionais da locução usem contra gestores e homens públicos, cidadãos civís, ofensas e inverdades, calúnias e difamação em nome da ordem e da insatisfação, fruto da desinformação desse setor, que busca através desse expediente obter sucesso em seus programas de baixa produção jornalística e pífia linha editorial, onde o vulgar é o top de linha; a cultura para estes, é obsoleta, não tem espaço e expressão.
O objetivo de um veículo de massa deve ser o de informar a população com ética jornalística e responsabilidade social. Deve participar dos problemas, enquanto comunidade e sociedade.
Não se admite mais em tempos de globalização, que a ética sucumba aos interesses das pessoas; que a moralidade seja mero adereço na vida do cidadão; que o limite não seja respeitado; que a integridade humana não tenha mais valor, em função das vaidades pessoais, da ambição desenfreada. Sucesso se faz com profissionalismo, não com o amadorismo de outrora. Estamos na era da mídia digital!
Edilberto Abrantes


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