S.O.S CULTURAL...



Um povo sem memória é um povo sem história. É um povo que não preserva o seu passado, seus monumentos, seu acervo cultural material e imaterial. É um povo sem tradições que vive do presente com um passado sem rosto, sem raízes, sem a sua riqueza maior: seu patrimônio preservado!

Em Sousa cidade do sertão paraibano, nós vivemos este dilema: temos um patrimônio riquíssimo da arquitetura art nuveau em velhos casarões que dia-a-dia são demolidos pela mão perversa do homem e sua cegueira perante a grandeza da preservação do patrimônio histórico; ninguem faz nada e se comete diariamente um crime contra esse acervo da nossa história. O IPHAEP orgão do governo do estado responsável direto pelo tombamento de bens imóveis no estado da paraíba tomba, mas não cuida. Não preserva, não conserva, não monitora, não projeta! A igreja do Rosário dos Pretos construída no século XVIII precisa urgentemente de restauração no seu interior, em sua estrutura e nas belas pinturas de suas paredes internas.

A igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios espera pela boa vontade do governo do estado para reconstrução de sua torre direita. Fazer cultura depende muito mais de boa vontade e interesse, que propriamente de estrutura. Estrutura sem compromisso, sem adesão não representa nada. Enquanto isso o patrimônio cultural e arquitetônico sousense agoniza por falta de um remédio salvador. Acorda meu povo! Vamos preservar nossa identidade cultural, disso depende o futuro de nossos filhos.




Edilberto Abrantes.


Comentários

Radamés disse…
é um crime não preservar esse vasto patrimônio, quando vou a Sousa fico apreciando a arquitetura e penso que bom que aqui as pessoas tem consciência e preserva... mas claro quando comparado a outras regiões.

Exemplo: São Vicente, cidade no litoral paulista tem a fama de ser a primeira vila a ser fundada no país, que bom seria que essa vila abrigasse boa parte de seu acervo histórico, mas acreditem não sobrou quase nada... de 500 anos atrás, tudo veio abaixo, a biquinha de anchieta (fonte de água) foi reconstruida, o primeiro porto foi aterrado, o curtume desabou e a mata tomou conta.

Agora resta alguém tomar consciência por zelar do rico patrimônio arquitetônico da cidade, um dos mais expressivos do alto sertão da PB.

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