UM CANDEEIRO NO FORRÓ!


Há uma névoa ameaçadora entre o que é cultura brasileira nordestina, cultura das tradições juninas deste continente de expressões culturais e folclóricas que é o sertão e suas fantasias, e sua imaginação de universo da cultura popular. É a mídia fácil, o comércio de nossa arte como vitrine para o turismo globalizado, e com isso a expressão arte popular se descaracteriza de qualquer criatividade e do momento de imprevisibilidade para ser vista como a cultura do óbvio, basta ver a infinidade de bandas de forró de plástico vendendo um peixe visual, uma música visual com mulheres seminuas mostrando bundas fabricadas nas salas de cirurgiões plásticos à base de silicone e moldadas por horas infindas de academias de musculação. E a música? a música é preterida em função desse festival de pelanca e canções de duplo sentido que fazem apologia a um monte de aberrações, menos a música de qualidade. Uma luz no fim do túnel: a cidade de Caruarú no sertão pernambucano está priorizando o verdadeiro forró pé-de-serra numa homenagem a Luiz Gonzaga. Que assim se faça justiça ao verdadeiro forró e a cultura em toda sua grandeza. Os sanfoneiros agradecem! Que se acenda o candeeiro para iluminar um verdadeiro forró das tradições nordestinas!


Edilberto.

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