DIA NACIONAL DA LEITURA?

O brasileiro lê muito pouco, menos de um livro em média, por ano. Lê menos que os argentinos que leem em média dois livros e meio por ano; os chilenos que leem 2 livros e os colombianos e bolivianos que leem um livro por ano. E daí?

Daí que reclamamos de um ensino de pouquíssima qualidade; reclamamos dos políticos corruptos; do Estado neoliberal e sua política assistencialista; reclamamos da violência urbana e do caos nos serviços públicos e na falta de direitos para o cidadão; reclamamos do desemprego, da falta de estabilidade no emprego e de mais, e mais, e muito mais... reclamamos de tudo e esquecemos de nós...

Que lemos tão pouco, que desconhecemos com a nossa ignorância o quanto é importante o ato da leitura e o estímulo à leitura para nossos filhos, para o crescimento de nossos filhos e o desenvolvimento de sua percepção crítica, da sua evolução crítica e posição frente a sua condição de ser que tem plena consciência de questionar e ser questionado por quem quer que seja.

 A leitura é de fundamental importância para a construção do caráter e da personalidade do ser social, do homem erudito, do político, do empreendedor, do cidadão que sabe e tem consciência da sua responsabilidade social, e que não se assemelha a alienação daqueles aculturados que fogem da magia das letras, do conteúdo literário de um romance, uma obra de ficção ou não ficção, uma crônica ou qualquer que seja o seu conteúdo. Alienados não.

Em tempo, precisamos ler mais.

Nossas escolas, famílias, sociedade e governo, todos juntos precisamos estimular a leitura, criar um mutirão, um dia nacional da leitura, existe datas para tudo neste país, por que não instituir o DIA NACIONAL DA LEITURA? e resgatar de vez nossa autoestima sempre em baixa, a ideia de que somos uma nação de perdedores, de analfabetos, de mão-de-obra desqualificada, País de Terceiro Mundo? quem sabe lendo e consumindo literatura e conhecimento nós brasileiros não sejamos o povo mais feliz do mundo, mais alegre e mais empreendedor do que já somos?

Edilberto Abrantes.