AOS POVOS INDÍGENAS...


"Índio quer apito, se não der pau vai comer... eu ser índio e voce, ser cara pálida! são expressões que aprendemos no nosso dia-a-dia e faz parte de nossa cultura de homem civilizado, e está até inserido no contexto de nossa constituição que o índio, o sílvicola, é inimputável perante a lei e não responde por seus atos. Já perguntaram isto ao índio? se ele aceita ser diferente? se ele quer ser visto e tratado pela sociedade como há quinhentos anos atrás? como um animal preso numa gaiola, numa reserva demarcada pelos governos que sufocam sua cultura, sua língua, suas tradições, seus mitos e crenças em prol de um modelo falido de sociedade em que o homem é o bicho do homem, o único animal predador de si mesmo?
Precisamos crescer e renovar nossa gramática, nossa didática, nossa história e legar aos povos índigenas desta terra, o status de povo massacrado pela ganância do europeu falido e aventureiro que aqui chegando foi matando, roubando, exterminando e usufruindo através de sua usura incontrolável os bens materiais e imateriais dos primeiros habitantes e nativos: os povos indígenas que nada puderam fazer contra o poder de fogo do canhão e do arcabus, artefatos criminosos nas mãos de colonizadores vorazes. Milhões de nativos foram dizimados pelas mãos assassinas do europeu na época do Brasil colônia. Isto não está nos livros didáticos em nossas escolas. Educar não é alienar, é contar a verdade, preparando o cidadão para a realidade, e isto não se faz com mentira.
Edilberto Abrantes.

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