Música e tecnologia: um novo tempo, apesar dos perigos


Leonardo Brant | Publicado sexta-feira, 24 setembro 2010 no site Culturaemercado.com.br

Gravadoras em crise, queda na venda de CDs e download de músicas. Desde o final do século passado o mercado musical não é mais o mesmo. E o que o músico pensa disso? O que estão fazendo para sobreviver no século XXI?
Neste livro, o músico e pesquisador Leonardo Morel faz uma análise da relação entre música e tecnologia, a partir de um ponto de vista singular, pois deseja perceber o momento como um todo, entender para onde as coisas estão caminhando.
Nesta pesquisa, destaca-se o cuidado do autor em mesclar múltiplas impressões de profissionais da música que se relacionam com a tecnologia de formas tão diversas. E a entrevista como recurso, usado por Morel é, em si, a forma mais humana de entendimento de momentos históricos: é uma fotografia de um momento que abarca impressões subjetivas e vai muito além dos fatos.
Essas e outras questões estão abordadas no livro “Música e Tecnologia: um novo tempo, apesar dos perigos.”, que está sendo lançado pela editora Azougue. O livro fala sobre o impacto da inovação tecnológica e as mudanças na maneira de se produzir, distribuir e consumir música.
Durante os estudos para a dissertação, a busca de Leo foi por diferentes pontos de vista. Para isso, entrevistou pessoas que atuam em nichos específicos. Ele foi de Forfun, banda que ganhou força após divulgar sua música na rede, a Geraldo Azevedo, artista que começou sua carreira na época dos discos de vinil. Uma das maiores surpresas foi descobrir que o pernambucano foi dono do primeiro estúdio a ter tecnologia digital da América Latina, o Discovery.
Sobre o autor: Baterista e percussionista – que tem em seu currículo o trabalho com a banda Reverse e hoje acompanha diversos blocos de carnaval do Rio (Empolga às 9, Monobloco, Quizomba e Bloco Cru) – Morel concluiu que não tem como prever o futuro. Para o integrante da banda Unidade Imaginária, uma das cinco indicadas ao prêmio Aposta MTV do VMB 2010, o lado bom é que tudo ficou mais acessível.


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