DIREITOS OU NÃO!


Ninguém há de dizer que eu não seja simpatizante das causas sociais. Que não haja inclinação da minha parte para as minorias, para os menos favorecidos. Sempre defendi com unhas e dentes as questões relacionadas à cidadania e aos direitos dos excluídos, em sua totalidade negros e índios e seus descendentes. Mas são tantos os paparicos e as oportunidades oferecidos às minorias pelo governo federal, com leis que garantem cotas de ingresso nas universidades públicas para negros e índios, cotas de emprego nas empresas para negros, ciganos e índios, que estou me sentindo rejeitado, renegado por um estado paternalista com o lobby e o engano; a constituição de 1988 que o diga com o todo o caos criado por ela, deixando o país de mãos atadas com uma constituição cheia de artigos e tão velha.
A hipocrisia está tomando conta da política brasileira de uma forma tão assustadora, que beira o ridículo. Enquanto se cria cotas para negros e índios nas universidades públicas, o ensino fundamental e médio nas escolas públicas é uma calamidade. São professores mal remunerados, sem capacitação pedagógica. A escola pública não forma e não educa o cidadão por falta de estrutura educacional. Não há estímulo à leitura, à pesquisa, às artes, ao esporte, à cidadania. Enquanto se cria cotas de ingresso nas universidades para negros, o mercado de trabalho encolhe cada vez mais e aumenta as diferenças sociais com reflexo no preconceito que passa a ser mais direto em virtude desses projetos, que em vez de ajudar, atrapalha e distancia mais a sociedade da realidade. Aumenta mais o preconceito entre negros e brancos.
O protecionismo governamental tem errado em todos os segmentos sociais do mundo civilizado. Desde a agricultura e a pecuária na frança e demais países da Europa até a produção de grãos nos Estados Unidos nos dá uma amostra do desastre do protecionismo estatal. O governo brasileiro que tanto luta contra as barreiras protecionistas, contra os subsídios que seus parceiros comerciais dão a seus produtores, erra também ao proteger de uma forma que só atrapalha.
Edilberto Abrantes

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