Ter muito, não é o bastante...


Era um sujeito arrogante! intragável em sua maneira de ser. Pedante e debochado não respeitava ninguem. O seu dinheiro e os bens que possuía valiam mais que qualquer coisa. Não morreria nunca. Não envelheceria, não se curvaria a ninguem na face da terra. Nascera rico. Herdeiro de um espólio avaliado em muitos milhões: fazendas, casas, títulos bancários, investimentos na bolsa de valores e uma grande empresa com muitos empregados trabalhando para torná-lo mais rico. Essa era a vida. Julgava-se infalível, inexorável, acima de tudo e de todos! Vivia numa grande casa com mais de Quarenta empregados para atendê-lo e servi-lo no seu dia-a-dia com total dedicação, afinal pagava bem e exigia devoção em troca.Um dia, misteriosamente começou a sentir dores incômodas e após alguns exames, foi diagnosticado um câncer raro que o devorou em menos de seis meses. Coisa rápida, fulminante que montanhasd de dinheiro não conseguiu resolver, curar, sanar, salvá-lo da morte prematura.Sequer teve tempo de se despedir dos amigos, não tinha amigos!Sequer teve tempo de chorar com os fiéis empregados, não lhe eram fiéis mas profissionais que precisavam do trabalho!Os vizinhos sequer tiveram tempo de visitá-lo, não tinha vizinhos mas desafetos!Os parentes choraram a sua morte, proporcionando-lhe um enterro digno de olho na partilha de seus bens.Com certeza Deus na sua bondade de Pai e misericórdia, recebeu-o de braços abertos!

Edilberto Abrantes.

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