Contruindo Poesia
Escrever poesia num tempo que ninguém lê, tão sem poesia, não é fácil; o que a maioria das pessoas hoje preferem ler são fofocas, revistas que massacram a literatura e exaltam a irrealidade, no entanto apesar de tanta insensibilidade, tanta mediocridade, a inspiração insiste no sentimento do ser humano na forma como realmente ela deve ser: poética.
Sabemos que a insensibilidade sempre se fez presente no inventário humano, logo isto não é novidade, afinal de contas seria impossível que a humanidade pensa-se diferente, pois a maioria prefere realmente se entregar a preguiça e as facilidades da tecnologia, que a cada dia torna a vida mais fácil a ponto de nos deixar mais preguiçosos. Para que ler, se tem novela na televisão?Para que ler, se tem um agito na noite (festa)? Para que ler, se tem bebidas e outras drogas à disposição?
Sei, que a poesia nunca abandonará o ser humano, mesmo que ele tente se desfazer dela, como já tentei várias vezes, ela sempre insistirá pois ela faz parte da alma de quem realmente tem sensibilidade, e em tudo que faz sentir e ver poesia. Os preguiçosos que me desculpem, mas vou insistir com a poesia, convencendo aos poucos da verdadeira poética, pois acredito muito na essência enigmática da poesia, pois o que realmente vale é a qualidade e não a quantidade!
Aos que gostam realmente de poesia dedico este poema que escrevi há muitos anos atrás, e que ainda é muito atual no contexto de minha vida...
O VISIONÁRIO
Existe um pouco de mim neste cenário
menos que o orvalho da noite
e os astros no céu
Existe um riso feliz...involuntário
Cujo encanto não se vendeu
e pergunta-se
quem é o visionário?
Sou eu, sou eu
Existe um bem permanente
Saudosista, de forma imutável
Alma que vive intensamente
Branca... saudável
e pergunta-se
Quem é o poeta?
Sou eu, sou eu, sou eu!
Texto Joselito Garrido.
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